O caos da Petrobrás

Novo Presidente, nova diretoria, novos desafios? Acho que nem o mais pessimista de todos poderia prever que, além dos já conhecidos e inúmeros problemas complexos e de difícil solução, que a Petrobrás já tinha e tem para resolver, poderiam surgiriam tantos outros problemas em tão curto espaço de tempo. Olhando de fora a sensação que se tem é a de que os problemas estão ficando maiores do que a Petrobrás, o que há pouquíssimo tempo a atrás, seria, simplesmente, inimaginável. De todas, com certeza a notícia mais triste que a Petrobrás trouxe para o Brasil e para o mercado foi a da explosão do navio da Petrobrás, porque, neste caso, não se está falando de danos econômicos diretos ou indiretos sobre o mercado e sobre a vida dos brasileiros. Não, a explosão custou a vida humanas, de brasileiros e estrangeiros.

Diante desse cenário triste e, porque não, de caos generalizado, fica a dúvida sobre os passos que a nova presidência e a nova diretoria terão de dar para tirar a Petrobrás da crise. Não há dúvidas que o primeiro passo é a governança. A nova administração da Petrobrás tem e terá de enfrentar e confrontar quem for necessário para mudar o plano de carreira e o perfil dos profissionais, que vão dirigir a Petrobrás. Não há mais espaço para preenchimento de cargos por meio de indicação política. Uma empresa do porte da Petrobras precisa profissionalizar sua gestão, precisa de técnicos que continuem o trabalho independentemente do partido que está no governo, porque o caos da Petrobrás só será resolvido com um choque de gestão ética. Choque de gestão e gestão de choque, ético! Esse deveria ser o novo lema.

Artigo publicado originalmente no Jornal Zero Hora do Dia 14 de Fevereiro de 2015.

 

 

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