Fake news e suas consequências

A vertiginosa popularização do tema fake news, este termo em inglês que fora traduzido para o português como notícias falsas divulgadas. Porém, ao enquadra-la na realidade, é uma tradução que fica bastante distante no sentido que de fato é, pois, as fakes news não são necessariamente notícias totalmente enganosa, elas podem ser um acontecimento real, que se passou em um espaço de tempo, se tornando obsoleta, ou seja, não seria necessariamente uma mentira, mas sim, uma informação ultrapassada que já não condiz mais com o espaço de tempo, estas podem ser apresentadas mediante a imagens ou contexto para dar força para a notícia parecer real.

Essas notícias acrescidas de informações ardilosas induzem o receptor ao erro, e dependendo do teor, ajuda ao rápido compartilhando com amigos, colegas e familiares ganhando força a desinformação, ou seja, levando ao erro uma rede inteira de amigos que acreditaram na fake do emissor, passando a desacreditar na verdade.

Existem diversos intuitos para uma  Fake News além de desinformar, é de atrair mais acessos aos sites tendo a finalidade comercial, mas podem ser para criar boatos, reforçar pensamentos por meio de mentiras e disseminação de ódio, prejudicando pessoas comuns, políticos, empresas e diversos alvos que são atingidos geralmente por acessos a dados sensíveis onde, ajudam na localização dos dados mais propensos a serem fraudados causando diversos problemas como manipulação de contas, ameaças, extorsão ,entre outros males.

Um caso emblemático quanto ao acesso a dados sensíveis expostos atualmente é a empresa britânica Cambridge Analytica, onde utilizou de testes simples que interagiam com os usuários do Facebook para coletar dados que ajudariam na propaganda eleitoral do Trump, o elegendo em 2016. Este caso, nos mostra o quanto estamos expostos a cair em armadilhas que podem nos manipular ao ponto de não termos ciência de como isso ocorreu e podendo dar mais força, no repasse.

Entende – se que as notícias se espalham com maior agilidade através dos humanos que retransmitem isso com maior velocidade, do que através dos robôs manipulados, conforme  a conclusão de um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), instituição de ensino reconhecida mundialmente pela qualidade de cursos, foram realizadas pesquisas que avaliaram que 70% das mensagens falsas tem a maior probabilidade de serem retransmitidas do que as verdadeiras.

Acredito que esses riscos possam ser mitigados com a atualização da LGPD, perante aos dados sensíveis, e com a conscientização dos usuários quanto ao compartilhamento de fake news e suas consequências.

Dessa forma, antes que seja realizado qualquer compartilhamento, ou uso de testes aleatórios entre outros artifícios utilizados para levar ao erro,  realizar uma pesquisa referente ao assunto pautado, também para uma argumentação melhor ao receptor que será beneficiado com o assunto verídico, mas também evitar o vexame nos ambientes onde foram expostas as ideias.

A disciplina em checar o embasamento do conteúdo é uma forma de diminuir os erros e constrangimentos futuros.

 

Referências

VALENTE, Jonas. Pesquisa: notícias falsas circulam 70% mais do que as verdadeiras na internet. Repórter da Agência Brasil – Brasília. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2018-03/pesquisa-noticias-falsas-circulam-70-mais-do-que-verdadeiras-na. Acesso em: 23 Julho 2020, 10:00.

GORDON, Rachel. Better fact-checking for fake News. Disponível em: http://news.mit.edu/2019/better-fact-checking-fake-news-1017. Acesso em: 23 Julho 2020, 11:40.

WIKIPÉDIA. Escândalo de dados Facebook–Cambridge Analytica. Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Esc%C3%A2ndalo_de_dados_Facebook%E2%80%93Cambridge_Analytica. Acesso em: 27 Julho 2020, 13:19.

PIRES, Philipe. Lei geral de proteção de dados não é remédio pra fake News. Disponível em: https://www.folhadonoroeste.com.br/colunas/lei-geral-de-protecao-de-dados-nao-e-remedio-pra-fake-news/. Acesso em: 27 Julho 15:30

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